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Freudian Banana in the Dreaming World

Freudian Banana in the Dreaming World
Vivemos numa era digital e, aparentemente, as novas tecnologias são já uma extensão do nosso próprio corpo. Deste modo, é necessário ter cautela na forma como as utilizamos. Refiro-me ao tempo despendido nestes aparelhos e ao conteúdo consumido nos mesmos. Estes dois fatores, quando fora de controlo, conduzem o utilizador a um ciclo vicioso difícil de escapar. Este vício pode trazer sequelas tão ou mais perigosas como as drogas. Aliás, o consumo das novas tecnologias são uma droga. O espaço virtual é uma ilusão, ou seja, não existe, mas que de certa forma, consegue proporcionar prazer a curto prazo para o utilizador preso neste mundo alternativo. A internet.

Ora, colocando este problema, a minha animação conta uma história, de carácter surrealista, abordando o tema do vício criado pelo mundo digital e a resiliência necessária para não acabar controlado por ele. Todo o ambiente é uma mera criação do subconsciente. É um sonho, uma ilusão. Uma realidade alternativa que não existe.

Esta história decorre no meio do cosmos, numa ilha flutuante cor de rosa feita de pastilha elástica. Nesta ilha existe apenas um habitante. A banana. Porquê uma banana? A banana é um alimento essencial para quem pratica desporto. É um fruto que proporciona força e energia. É um símbolo de hábitos saudáveis, que neste contexto, representa a resiliência e a resistência face ao vício criado pelo mundo digital. Porém, neste contexto, a banana está doente. Basta olhar para o seu aspeto cansado. As costas não estão direitas e as olheiras estão pesadas. A sua expressão facial não muda. Está triste. A banana está presa nesta ilha há milhões de anos. Presa pelo vício que o mundo digital criou. A banana não come, não dorme e não descansa - daí as olheiras - só existe. A banana, lá no fundo, anseia de sair deste local perigoso, porém não consegue. É um mundo capaz de lhe proporcionar um prazer imediato constante e, por isso, é difícil “cortar o cordão”. Mas a depressão que ela sente é profunda. Ela já não aguenta mais. Ela tem que destruir a máquina. E este dia é hoje. A banana acordou. Ela já consegue correr e andar. A banana desloca-se com convicção até à máquina e destrói-a. Finalmente, a banana venceu. Ela destruiu a máquina. Em breve, será reencaminhada para o mundo real.

E tu, já destruístes a máquina?

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